Do útero viemos e ao contrário do que muitos dizem não somos o sexo frágil. Nascemos com uma garra inimaginável e uma força maior ainda. Nada pode tirar o nosso poder sobre nós. Nada? Eu queria que a resposta fosse “sim, nada!”. Mas infelizmente não é. 

  Nosso poder foi tirado muitos anos atrás naquele incêndio que matou queimadas muitas de nossas irmãs e hoje é lembrado com muita tristeza.

  Nosso poder é tirado todos os dias, quando mulheres são estupradas por usar roupas curtas, porque estavam pedindo ou porque beberam demais. 

  Nosso poder é tirado quando deixamos de sair na rua em certos horários porque tememos pela nossa segurança.

  Nosso poder é tirado quando somos mortas por estar viajando “sozinhas” com uma amiga.

  Nossa poder é tirado quando recebemos menos para realizar o mesmo trabalho.

  Nosso poder é tirado quando toda responsabilidade sobre nossos filhos recai sobre nós.

  Nosso poder é tirado quando nos impõe padrões de beleza, castrando nossas possibilidades de sermos felizes com nossos corpos. 

  Nosso poder é tirado quando temos que atravessar a rua para evitar o assédio de homens.

  Nosso poder é tirado quando nos dizem que mulheres não podem ser amigas de verdade.

  Nosso poder é tirado quando nos ensinam que existem certas coisas que só podem ser feitas por homens, limitando nossa capacidade em “coisas de mulher”.

  Nosso poder é tirado quando sofremos assédio dentro da empresa.

  Nosso poder é tirado quando somos mortas por nossos companheiros por motivos fúteis.

  Nosso poder é tirado quando somos expostas como mercadorias para servir de atração para homens.

  Nosso poder é tirado quando somos punidas por abortar.

  Nosso poder é tirado quando somos julgadas por sermos mães solteiras.

  Nosso poder é tirado quando nossa roupa serve como desculpa para qualquer tipo de abuso.

  Nosso poder é tirado quando decidimos não ter filhos.

  Nosso poder é tirado quando somos chamadas de putas por escolher com quem transar.

  Nosso poder é tirado quando somos separadas em “moças de família” e “só pra pegar”.

  O dia Internacional da Mulher não é um dia de flores, chocolates e presentes. É um dia de luta, tristeza e dor. Hoje, lembramos de todas as lutas que vencemos com afinco, mas principalmente daquelas que ainda temos para vencer. Esse dia só existe para que ninguém esqueça o que as mulheres sofreram e como ainda sofrem. Não é uma data comemorativa. É um lembrete. Um lembrete de como continuamos apanhando diariamente com as desigualdades e opressões. De que ainda não somos respeitadas como deveríamos ser. Por isso, não nos dê flores no dia das mulheres, nos dê respeito e equidade todos os dias.   

A lingvistov criou diversas ilustrações de como seria se os gatos fossem super heróis, o resultado foi super ultra mega power fofo.

Pra quem não conhece a lingvistov é uma ‘marca’ online especializada em ilustrações para presentes, da Rússia, nem todos são designers ou ilustradores fodas, porém, todos têm em comum algo: amam gatos. 

Eles começaram com algumas ilustrações, divulgando em suas redes sociais, logo começaram a receber o reconhecimento pela arte e os pedidos por cartões e demais trabalhos começaram a surgir, não demorou muito para montarem a loja online.

Vale super a pena dar uma conferida no site deles, e ver os outros mil gatinhos já desenhados por eles. Quem sabe você não se inspira também?

   

  A premiação do Oscar ocorreu há pouco mais de três dias e as mídias não falam de outra coisa. Tudo bem, entendemos a comoção. Finalmente, e para a alegria de todos, o maravilhoso trabalho de Leonardo DiCaprio foi reconhecido – antes tarde do que nunca. Porém, o mais importante na premiação de DiCaprio não foi receber a estatueta, mas usar do pouco tempo que tinha para agradecer transmitindo questões importantes sobre o aquecimento global. O discurso do ator foi basicamente o seguinte: “Filmar ‘O Regresso’ teve a ver com a relação do homem com o mundo, que teve 2015 como seu ano mais quente da história. Nossa produção teve que ir até o extremo sul do planeta para conseguir encontrar neve. A mudança climática é real e está acontecendo agora mesmo. É a ameaça mais grave que nossa espécie enfrenta. Temos que trabalhar coletivamente e parar de procrastinar. Temos que apoiar os líderes do mundo que não representam os grandes poluidores e as grandes corporações, mas sim toda a humanidade, os povos indígenas do mundo, os bilhões de pessoas desfavorecidas que serão mais afetadas por isso, os filhos dos nossos filhos e as pessoas cujas vozes foram abafadas pela política da ganância. Eu agradeço a todos por esse prêmio incrível. Vamos dar a esse mundo seu devido valor, o mesmo que dou a essa noite”.

  Além do discurso inspirador, nosso querido Leo é vegetariano e foi o produtor executivo do documentário “Cowspiracy” (disponível no Netflix), que trata justamente de aquecimento global e de como a produção de carne é responsável por grande parte dos danos ambientais causados em nosso planeta.

  Pouca gente sabe, mas para produzir em media 1kg de carne bovina são necessários mais de 15.000L de água e 7kg de grãos que servem de ração para o animal, e essa quantidade de carne alimenta em média 3 pessoas por dia. A água é um recurso renovável, mas mesmo um recurso renovável não se mantém inesgotável e com boa qualidade se não houver equilíbrio entre a renovação e o consumo. A produção de carne cresce a cada dia, o consumo e a quantidade populacional também, e esse crescimento descontrolado faz com que aumente o número de torneiras, descargas, chuveiros, além de uma maior produção de energia e alimentos. Se as pessoas optassem por comer menos ou deixar de comer carne a economia de água seria enorme, veganos economizam por dia cerca de 1.100l de água.

  Ademais, a produção de carne em escala comercial – que é como acontece atualmente – é uma das grandes responsáveis pela emissão de gases, desmatamento e queimadas na Amazônia e em outras regiões. Isso porque os espaços desmatados são usados para produção de gado ou plantação de grãos que servem de alimento para esses animais. Estima-se que 51% das emissões de gases do efeito estufa são provenientes da indústria pecuária e de seus derivados, e isso acontece porque os animais liberam gás metano através de suas fezes e flatulências. 

  Falar sobre como o consumo de carne é prejudicial não é uma imposição de vegetarianos que buscam o fim do extermínio dos animais, é uma questão de saúde do nosso planeta. Esse texto não tem como objetivo tornar ninguém vegetariano, mas sim fazer as pessoas entenderem que comer carne na atual conjuntura é um luxo e se não for controlado pode vir a se tornar um grande problema para a nossa espécie. Nosso planeta está doente e nós somos os únicos responsáveis por isso. E também, os únicos capazes de mudar essa situação. Mas para mudar temos que pensar coletivamente e nos importar com esses hábitos negativos que só causam danos a nós mesmos e às futuras gerações. Diminuir o consumo de carne é importante e o vegetarianismo pode ser a solução para grande parte dos nossos problemas. Portanto, vamos seguir as orientações do Leo e dar a esse mundo seu devido valor. 

Segue alguns links para pesquisa:

- Água: uma questão para o mundo todo.

- Criação de gado para consumo de carne provoca danos ambientais.

- Vegetarianismo: uma maneira simples de frear o aquecimento global.

- Vegetarianismo contra o aquecimento global.

- O vegetarianismo pode salvar o mundo?

- Documentário: A Carne é Fraca. 

- Instituto Nina Rosa 

Encontrei esses cartões super fofinhos, a base deles são um circulo de café, completado com um desenho.

No total são seis ilustrações, os desenhos são simples e delicados. 

  O Brasil é um país com uma história muito rica e controversa, com diversas figuras emblemáticas e revolucionárias. Uma dessas foi Zumbi dos Palmares, o grande ícone da resistência negra à escravidão. Capturado aos seis ou sete anos de idade foi entregue a um Padre Católico com quem aprendeu a religião e a língua portuguesa. Entretanto, aos 15 anos, fugiu e voltou a viver no Quilombo dos Palmares, pelo qual lutou até a data de sua morte, em 20 de novembro de 1695, sendo o último líder do Quilombo.

  Quem escuta a história de Zumbi e de como sua participação foi e é importante para a representatividade do povo negro, muitas vezes não se preocupa em saber de onde vem o seu sangue guerreiro e questionador. Zumbi foi filho de Sabina, sobrinho de Ganga-Zumba e Ganga-Zona e neto de Aqualtune. E é da princesa africana, filha do Rei do Congo, Aqualtune, que Ganga- Zumba, o primeiro líder do Quilombo dos Palmares e Zumbi herdaram as ideologias e a vontade de lutar.

  O primeiro fato marcante da história de Aqualtune surge nos anos 1665, quando a Princesa liderou cerca de 10 mil guerreiros congoleses na Batalha de Mbwila, pois sua tribo foi atacada por outra de nome “Wachagas” – existem informações indicando que o conflito teria sido provocado por portugueses. Após a derrota de sua tribo na batalha, Aqualtune foi aprisionada e trazida para o Brasil em um navio negreiro que desembarcou em Recife, para ser vendida como escrava reprodutora em razão de seu corpo forte e saudável. Informações divergentes afirmam que Aqualtune teria embarcado grávida e outras indicam que a Princesa foi estuprada diversas vezes durante a viagem. 

  No Brasil, Aqualtune foi vendida para uma fazenda onde ouviu diversos boatos a respeito do Quilombo dos Palmares. Quando estava grávida de seis meses, sentiu o seu sangue ferver e não aceitou que a criança em seu ventre nascesse escrava. Organizou, então, uma fuga para o tão sonhado Quilombo dos Palmares. Finalmente entre os seus, Aqualtune foi reconhecida em razão de sua origem como Princesa e guerreira recebendo o governo de um dos territórios quilombolas, onde preservou as tradições africanas.

  Foi no Quilombo dos Palmares, que Aqualtune deu a luz à seus três filhos: Ganga-Zumba,  Ganga-Zona, os quais mais tarde se tornaram ícones de resistência e luta e Sabina, sua outra filha, que foi mãe de Zumbi. Com a ajuda de seu filho Ganga-Zumba, Aqualtune, organizou um levante entre os povos dos quilombos para formar um Estado Negro.

  Pouco se sabe e muitos são os boatos acerca da morte da Princesa, alguns dizem que Aqualtune morreu queimada em 1677, quando sua aldeia foi incendiada durante uma invasão, outros acreditam que ela escapou. Portanto, é desconhecida a data e a causa de sua morte.

  O que pode ser afirmado é que Aqualtune, a Princesa guerreira Africana, teve uma vida voltada para a libertação de seu povo e de seu sangue. Sua história deve ser contada e jamais esquecida, assim como são lembrados Ganga-Zumba e Zumbi dos Palmares, uma vez que esses só existiram graças a força e aos ensinamentos da Guerreira que viveu e morreu em nome da liberdade.